Petrobras eleva em 7,6% produção de petróleo no Brasil no 2º trimestre

A produção de petróleo da Petrobras no Brasil cresceu 7,6% entre abril e junho ante igual período do ano passado, com o avanço operacional de novas plataformas, apesar de paradas programadas e declínio em campos maduros, informou a companhia nesta terça-feira.
A Petrobras produziu uma média de 2,32 milhões de barris de petróleo por dia (bpd) no país no segundo trimestre, versus 2,16 milhões de bpd nos mesmos três meses de 2024, mostrou a empresa em seu relatório de produção e vendas.
Na comparação com o primeiro trimestre, houve uma alta de 4,8% na produção de petróleo da Petrobras no Brasil.
“Neste trimestre, tivemos o topo de produção do FPSO Duque de Caxias (Mero 3), com 180 mil bpd, e a entrada em operação do FPSO Alexandre de Gusmão (Mero 4), além da continuação do ramp-up do FPSO Almirante Tamandaré, no campo de Búzios”, disse no relatório a diretora de Exploração e Produção, Sylvia Anjos.
“Além disso, neste primeiro semestre, tivemos um aumento de produção no campo de Tupi, quando comparado ao mesmo período do ano passado, reforçando o cuidado com os campos em operação”, acrescentou a diretora, pontuando que os trabalhos em curso na petroleira sustentam a projeção de produção futura da companhia.
O campo de Tupi, embora já esteja em declínio, é o maior produtor do Brasil.
Durante o segundo trimestre, entraram em operação 14 novos poços produtores, sendo sete na Bacia de Campos e sete na Bacia de Santos, informou o relatório.
Somente no pré-sal, a Petrobras produziu 1,97 milhão de bpd nos meses de abril a junho, crescimento de 8,8% na comparação com o mesmo período do ano passado e avanço de 6,5% em relação ao primeiro trimestre.
As exportações de petróleo da estatal somaram 690 mil bpd no segundo trimestre, alta de 6% ante o mesmo período do ano passado e avanço de 25,2% na comparação com o primeiro trimestre.
A China, principal destino das exportações de petróleo da Petrobras, representou 54% das vendas externas da empresa, contra 50% no mesmo período de 2024 e 36% no primeiro trimestre.
“No segundo trimestre, a China aumentou sua participação nos destinos das nossas exportações, pressionada, em parte, pelas novas sanções à Russia. Consequentemente, houve redução das exportações para a Europa e o restante da Ásia, outros dois importantes mercados para óleos brasileiros”, disse a companhia.
A Europa ficou em segundo lugar, representando 19% das vendas externas, enquanto países da Ásia (fora a China) somaram 12% e os Estados Unidos, 8%.
PRODUÇÃO E VENDAS TOTAIS
Considerando a produção total de óleo e gás natural no Brasil e no exterior, a Petrobras bombeou uma média diária de 2,91 milhões de barris de óleo equivalente (boed) entre abril e junho, alta de 7,8% ante o mesmo período de 2024 e avanço de 5% versus o primeiro trimestre deste ano.
Como operadora, a companhia produziu um recorde de 4,19 milhões de boed no segundo trimestre, crescimento de 12,1% ante igual período do ano passado e avanço de 5,3% na comparação com o trimestre anterior, considerando o volume total produzido pelos campos operados pela empresa, incluindo parcelas que pertencem a eventuais parceiros nos ativos.
A Petrobras também informou que suas vendas totais de petróleo, gás e derivados cresceram 1,6% no segundo trimestre ante o mesmo período do ano passado, para 2,98 milhões de bpd, com vendas domésticas respondendo por 2,07 milhões de bpd.
DERIVADOS
O fator de utilização total (FUT) do parque de refino da Petrobras atingiu 91% no segundo trimestre, estável ante o mesmo período de 2024 e contra 90% no trimestre anterior.
A produção de derivados do petróleo da Petrobras somou média de 1,73 milhão de bpd no segundo trimestre, queda de 0,8% ante o mesmo período de 2024 e alta de 1,4% em relação ao primeiro trimestre.
As importações de diesel no segundo trimestre totalizaram 122 mil bpd, alta de 229,7% ante o mesmo período do ano passado e avanço de 84,8% na comparação com o primeiro trimestre, em razão da preparação para o período de maior demanda, segundo a empresa.
Todavia, houve uma alta de 0,6% nas vendas de diesel no segundo trimestre ante o mesmo período do ano passado e uma redução de 1,8% na comparação com o primeiro trimestre, principalmente pelo aumento das importações por terceiros, majoritariamente com origem na Rússia, e pela menor demanda do segmento agrícola, segundo a Petrobras.
Já as vendas de gasolina no período registraram crescimento de 3,1% na comparação anual e de 1,5% na base trimestral, com impulso de aumento da demanda total de combustíveis do ciclo Otto e maior participação da gasolina frente ao etanol entre períodos.